Resumo da partida

Na noite de terça‑feira, 23 de setembro de 2025, o estádio RCDE recebeu um clássico da Espanyol contra o Valencia. O duelo terminou em 2 a 2, com ambos os lados mostrando vontade de levar a vitória. O Valencia abriu o marcador aos 15 minutos, graças a Arnaut Danjuma, que recebeu um cruzamento e finalizou com precisão. O time visitante dominou a primeira metade, mas o ritmo começou a mudar logo após o intervalo.

Leandro Cabrera, zagueiro do Espanyol, surpreendeu ao marcar aos 59 minutos, aproveitando um rebote dentro da área. Três minutos depois, Hugo Duro virou o placar novamente para o Valencia, cobrando um contra‑ataque que pegou a defesa desprevenida. O clima ficou tenso, mas o Espanyol não desistiu. Nos acréscimos da segunda etapa, Javi Puado entrou nos últimos minutos e, no minuto 96, encontrou o fundo das redes, garantindo o ponto final.

O jogo foi marcado por várias oportunidades perdidas de ambos os lados, mas a decisão foi tomada nos detalhes: a velocidade de Danjuma, a presença de área de Cabrera e a frieza de Duro, além da criatividade de Puado nos momentos críticos.

Análise tática e implicações

Manolo González, técnico do Espanyol, apostou em um 4‑2‑3‑1. O esquema buscava equilíbrio defensivo com Charles Pickel e Pol Lozano protegendo a zaga, enquanto a linha ofensiva de Tyrhys Dolan, Edu Expósito e Javi Puado sustentava o atacante Kike García. A ausência de Pere Milla por suspensão forçou um ajuste, mas a equipe conseguiu manter a compactação.

Do outro lado, o Valencia, comandado por seu treinador, saiu com um tradicional 4‑4‑2. Julen Agirrezabala no gol, a defesa de Foulquier, Tárrega, Diakhaby e Gayà mostrou solidez, e o meio‑campo de Luis Rioja, Baptiste Santamaría, Pepelu e Diego López tentou controlar o ritmo. A dupla de ataque Duro‑Danjuma trabalhou bem, combinando velocidade e finalização.

Do ponto de vista estatístico, o Espanyol chegou a ter 58% de posse de bola, mas não converteu a vantagem em mais gols. O Valencia, com 42% de posse, foi mais eficaz nas transições rápidas. O número de chutes a gol foi parecido (Espanyol 7, Valencia 6), porém o índice de finalização foi superior ao valenciano, graças ao gol de Duro.

Na classificação, o empate mantém o Espanyol na quarta posição, com 10 pontos em cinco jogos – uma campanha que inclui vitórias contra clubes de peso como Atlético de Madrid e um empate contra o Mallorca. Já o Valencia continua sete lugares abaixo, ainda buscando consistência depois de vencer o Athletic por 2 a 0.

Historicamente, os confrontos entre as duas equipes são equilibrados. Dos últimos 28 encontros, o Valencia tem 13 vitórias, o Espanyol 6 e há 9 empates. Curiosamente, os cinco últimos duelos terminaram empatados, reforçando a ideia de que os jogos são muito disputados e raramente definem um vencedor claro.

Para o futuro imediato, o Espanyol precisa recuperar a confiança depois da derrota por 2 a 0 frente ao Real Madrid. A equipe tem mostrado que sabe ser resiliente, e a vitória nos acréscimos de Puado pode ser um ponto de virada. Já o Valencia tem a chance de usar o ponto ganho para acelerar a subida na tabela, mas ainda precisa melhorar a consistência defensiva, já que sofreu dois gols em menos de dez minutos.

Os torcedores nas arquibancadas valorizaram o espetáculo: gritos, bandeiras e cantos criaram um ambiente vibrante. Nas redes sociais, os comentários foram de elogio ao momento de Puado, que virou o jogo nos últimos instantes, e de críticas à falta de eficácia do meio‑campo do Espanyol nos momentos decisivos.

Em resumo, o empate reforça a narrativa de jogos equilibrados entre Espanyol e Valencia, adiciona um ponto valioso a ambas as campanhas e deixa os torcedores ansiosos pelos próximos desafios na temporada da LaLiga.