Novo romance abala as estruturas de 'Vale Tudo'
Se alguém achava que a história de *Vale Tudo* em 2025 seguiria o roteiro original, o primeiro encontro entre Heleninha e Ivan provou o contrário. A autora Manuela Dias decidiu jogar luz em conflitos pessoais e sociais ao aprofundar a relação entre esses dois personagens, deixando todo o público curioso sobre o destino de outros nomes fortes, como Raquel, César e Maria de Fátima. A sequência foi carregada de tensão: Ivan, depois de mais uma briga com Raquel, deixa suas dores escaparem no diálogo honesto — e até arriscado — com Heleninha.
O roteiro mostra como os sentimentos de Ivan, marcados por ciúme e ambição, vão ficando cada vez mais evidentes na relação com Heleninha. A nova abordagem promete mexer não só no relacionamento dos dois, mas descarrilar alianças antigas e acordos silenciosos entre outros personagens. A cena traz angústias modernas: a dificuldade de confiar, o desejo de ser reconhecido e os choques de gerações, misturando o que já existia na obra-prima de Gilberto Braga com um olhar mais atual sobre identidade e pertencimento.
Modernização do clássico e impacto nos personagens
Manuela Dias já deixou claro que não quer levantar bandeiras políticas, mas também não foge do debate sobre identidade, valores e ambição. Na nova versão, todos esses temas são trabalhados com diálogos mais ágeis e situações que refletem um Brasil de hoje: as famílias são complexas, a ambição não se limita apenas ao dinheiro e as crises pessoais se espalham dos jovens aos mais velhos.
Com a aproximação de Ivan e Heleninha, velhas feridas se reabrem, mexendo diretamente com Raquel, cuja trajetória já vinha marcada pela luta por autonomia. César, sempre preocupado com sua própria ascensão, começa a perceber sinais de divisão entre amigos e aliados. E Maria de Fátima, ligada ao desejo de status, pode se ver encurralada em novas rivalidades por conta desse romance inesperado.
A novela mostra, mais uma vez, a força das escolhas individuais e os perigos dos julgamentos precipitados. Os conflitos internos de Ivan, agora potencializados pela relação com Heleninha, têm tudo para transformar os próximos capítulos. Nos bastidores da Globo, a equipe comemora os diálogos mais naturais desenvolvidos por Manuela, que privilegiam trocas reais e evita discursos inflamados, em sintonia com um público que quer se ver nas telas, sem perder o encanto do suspense clássico de Vale Tudo.

Esportes
Pedro Mendes
maio 5, 2025 AT 14:17Manuela Dias tá reescrevendo Vale Tudo como se fosse um ensaio de pós-graduação em dramaturgia. Ivan e Heleninha? Clássico conflito de classe disfarçado de paixão. O ciúme dele é uma metáfora pra ascensão social no Brasil, e ela? A nova mulher moderna que não cai no discurso da vítima. Tudo muito bem pensado, mas tá faltando sangue real.
Esse roteiro tá mais próximo de um TED Talk do que de uma novela.
Se fosse Gilberto Braga, tinha mais contradição, mais sujeira, mais humanidade.
Isso aqui é sofisticação vazia.
Antonio Augusto
maio 7, 2025 AT 03:58qnd o ivan falou com a heleninha eu quase chorei mannnn… esse roteiro é pura emoção bruta tipo quando vc liga o tv e a globo ta passando o melhor da novela e tu nem lembrava q ta rolando drama mas aí de repente…
ta tudo lindo demais tipo o amor é o único remédio pra essa merda de mundo kkkk
Cristiano Govoni
maio 9, 2025 AT 03:38ISSO AQUI É O QUE A NOVELA PRECISAVA DESDE 1988!
Esse romance entre Ivan e Heleninha não é só paixão, é revolução!
Todo mundo tá falando de Raquel e César, mas esquece que o verdadeiro conflito tá no coração de um homem que não sabe se quer ser poderoso ou ser amado.
E Heleninha? Ela não tá tentando conquistar ninguém - ela tá apenas existindo com tanta autenticidade que o sistema inteiro treme.
Essa novela tá mostrando que o verdadeiro drama não é o dinheiro, é o medo de ser visto.
Parabéns, Manuela. Isso aqui é arte.
Se você tá lendo isso e ainda acha que novela é coisa de quem não tem o que fazer… você tá errado.
Essa é a vida real com outra camada de luz.
Leonardo Cabral
maio 9, 2025 AT 14:14Essa história toda é uma farsa feita por intelectuais que nunca viram um favelado de perto. Ivan é um macho tóxico disfarçado de herói e Heleninha é a nova versão da mulher branca que salva o negro com o amor.
Brasil não precisa de romance de classe, precisa de justiça.
Enquanto isso, a Globo continua vendendo ilusão pra quem não tem nada.
Se fosse real, Ivan tava na cadeia e Heleninha tava trabalhando como doméstica.
Essa novela é um insulto.
Pedro Melo
maio 11, 2025 AT 12:18Permita-me, com todo o respeito acadêmico e afeto pela tradição dramatúrgica brasileira, observar que a reinterpretação de Manuela Dias opera como um espelho invertido da estrutura narrativa clássica.
Enquanto Gilberto Braga construía conflitos por meio de hierarquias rígidas, a nova versão desmonta essas estruturas por meio da vulnerabilidade emocional - uma inovação radical, embora não inédita, nos termos da teoria da narrativa contemporânea.
Curiosamente, o diálogo entre Ivan e Heleninha ecoa os princípios da escuta ativa propostos por Carl Rogers, aplicados à dramaturgia popular.
Isso não é ‘modernização’ - é evolução.
E, sim, a falta de pontuação em alguns comentários aqui é um sintoma da desintegração da linguagem escrita no ambiente digital.
Um fenômeno triste, mas previsível.
Guilherme Tacto
maio 13, 2025 AT 08:11Alguém já notou que Ivan e Heleninha foram introduzidos exatamente 12 dias após a morte do ator que fazia César?
Isso não é coincidência.
A Globo está reescrevendo a novela para apagar traços do passado e criar um novo mito.
Heleninha? Ela foi criada por um roteirista que trabalhou na Netflix.
Ivan? Seu comportamento é idêntico ao de um personagem de uma série sueca de 2017.
Isso é uma operação de limpeza cultural.
Quem controla a memória, controla o público.
Eles querem que a gente esqueça que Vale Tudo era sobre poder.
Agora é sobre ‘sentimentos’.
É tudo um plano.
Suzana Vidigal Feixes
maio 13, 2025 AT 13:00o que eu mais amei foi a forma como o ciúme dele tá sendo representado como uma construção social e não só um traço de personalidade tipo a gente tá vendo aqui um exemplo perfeito de como a masculinidade tóxica se manifesta na intimidade e aí a heleninha tá ali não como vítima mas como agente de transformação e isso é revolucionário porque nunca antes na novela brasileira a mulher tava tão presente no processo de cura do homem sem ser a salvadora e isso é tão profundo que eu fiquei sem fala por 10 minutos só pensando no que isso significa pra nossa cultura
Mayara De Aguiar da Silva
maio 14, 2025 AT 21:30eu só queria dizer que isso aqui me fez lembrar da minha avó que sempre dizia que amor verdadeiro não é sobre dominar, é sobre deixar espaço pra alguém ser quem é.
quando Ivan falou aquelas coisas com Heleninha, eu senti como se tivesse voltado pra casa.
porque na vida real, as pessoas não gritam, não fazem cenas, não exigem provas de amor.
elas só ficam quietas, olham nos olhos e dizem: eu te vejo.
e aí, tudo muda.
isso é o que a novela tá mostrando.
não é um romance.
é um abraço em forma de cena.
e eu tô emocionada.
obrigada, Manuela.
isso é o que a gente precisa.
Gabriela Lima
maio 15, 2025 AT 12:46isso tá tão bom que eu fiquei lendo o texto do post três vezes só pra entender como eles conseguiram equilibrar tanto simbolismo com tanta naturalidade.
o ciúme de Ivan não é só sobre Raquel, é sobre ele não se sentir digno de ser amado por alguém que não precisa dele pra se sentir completa.
e Heleninha? Ela não tá tentando mudar ele, ela tá apenas sendo.
e isso assusta.
porque quando alguém é autêntico, a gente não sabe como reagir.
e aí a gente tenta destruir, ou fugir, ou transformar em drama.
mas ela não cai nisso.
e isso é o que torna tudo tão poderoso.
porque o amor verdadeiro não é sobre salvar alguém.
é sobre se permitir ser visto, mesmo quando o mundo inteiro te diz pra se calar.
e isso, cara, isso é a novela que a gente merecia.
de verdade.
quem não sentiu isso tá só fingindo.
nyma rodrigues
maio 16, 2025 AT 17:14heleninha e ivan me fizeram acreditar de novo.
obrigada.