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Fluminense mira reação contra o Lanús e avalia poupar contra o Vitória; o que pesa na decisão
Derrota para o Lanús e o que ficou do jogo
Derrota por 1 a 0 em mata-mata muda a conversa no vestiário. Foi assim com o Fluminense depois do primeiro duelo contra o Lanús, na Copa Sul-Americana 2025. O time saiu atrás na série e agora carrega a obrigação de fazer um jogo de controle e, ao mesmo tempo, agressivo no confronto de volta. Na coletiva pós-jogo, Renato Gaúcho manteve o tom habitual: cobrança interna, foco em ajustes e recado de que a classificação segue aberta.
O 1 a 0 expõe duas leituras. A primeira: defensivamente, o Flu evitou um placar elástico em um jogo tenso, típico de mata-mata sul-americano. A segunda: faltou capricho no último terço — o time chegou, mas não transformou presença ofensiva em chances claras o suficiente. É a velha história da eficiência, ainda mais quando a série é curta e cada detalhe pesa.
Vale lembrar a regra: não há mais gol qualificado nas competições da Conmebol desde 2021. Ou seja, se o Flu vencer por um gol de diferença no retorno, a decisão vai para os pênaltis; para avançar no tempo normal, precisa de dois gols de frente. Isso muda a abordagem do segundo jogo: mais volume, melhor ocupação de área e, principalmente, controle emocional para não se expor a contra-ataques.
Renato sinalizou na entrevista pontos de correção que fazem sentido para a volta: circulação de bola mais rápida para quebrar a linha média argentina, entradas coordenadas dos meias na área e atenção ao primeiro passe após a perda, para não dar campo ao adversário. Em jogos assim, a transição defensiva é quase tão importante quanto a criação. O time não pode confundir pressa com velocidade.
Sem abrir a estratégia, a comissão técnica trabalha com cenários. Se o Lanús repetir uma marcação mais baixa, paciência e amplitude viram palavras-chave. Se adiantar a pressão, será noite de passes verticais e diagonais nas costas da última linha. O elenco sabe o script; a questão é executar.

Rotação contra o Vitória e prioridades no curto prazo
Entre uma perna e outra do mata-mata, aparece o compromisso contra o Vitória, no dia 20 de setembro. É aqui que a discussão sobre rotação ganha corpo. O calendário aperta, a logística pesa, e a área física costuma defender ciclos de 72 horas para recuperação ideal — algo que raramente acontece em sequência. Não por acaso, Renato avalia gerenciar minutos no duelo do fim de semana.
Qual o dilema? Se poupa nomes importantes, preserva energia para o jogo que decide a vida na Sul-Americana, mas corre o risco de perder tração no campeonato doméstico. Se entra com força máxima, mantém a competitividade na rodada, mas eleva a chance de fadiga e lesões musculares às vésperas do mata-mata. Não existe saída perfeita — existe gestão de risco.
O histórico do treinador ajuda a ler o movimento. Em outras passagens, Renato alternou escalações quando via uma decisão de copas no horizonte. A lógica é pragmática: mata-mata não permite erro cumulativo; ponto perdido no nacional dá para recuperar na rodada seguinte, classificação perdida não volta. Ainda assim, a comissão não costuma radicalizar. O padrão é mesclar: ajustar carga de quem vem de sequência pesada, testar uma peça por setor e preservar quem sinaliza desgaste em avaliações internas.
O que entra na conta antes de bater o martelo: relatórios do departamento médico, minutos acumulados dos líderes técnicos, perfil do adversário do fim de semana, condição do gramado e até a previsão do tempo (calor e umidade elevam o custo físico). Também pesa o desenho do jogo seguinte: se a volta contra o Lanús exigir pressão desde o início, faz sentido chegar com pernas frescas para sustentar intensidade por 90 minutos.
Na prática, a semana fica assim: regenerativo para quem foi titular na Argentina, treino tático curto para ajustes de posicionamento, bolas paradas e, por fim, a definição do plano para o Vitória. A lista de relacionados costuma dar pistas do nível de rotação. Olho nisso.
Para o torcedor, três sinais indicam a prioridade: a escolha do goleiro (troca costuma sugerir preservação), o miolo de zaga (rotação aqui é rara, mas pode acontecer em sequência pesada) e o meio-campo — onde a gestão de minutos decide o ritmo do time. O ataque, por sua vez, pode variar conforme a leitura de desgaste e a necessidade de profundidade.
A Sul-Americana oferece vitrine, calendário internacional e impulso esportivo. É natural que o clube trate a volta como jogo-chave. Até lá, Renato tenta equilibrar urgência e cautela, sem perder o vestiário nem a competitividade no cenário doméstico. A margem de erro encolheu, mas a série segue viva. E isso muda tudo na hora de planejar cada passo.
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